Falo da nossa visão do mundo e da existência.
Do que julgamos distante e longínquo e do que está efetivamente perto.
Do que temos por estritamente individual e do que é coletivo.
Do que consideramos que nos protege e do que nos expõe.
Do que temos (ou tínhamos) por adquirido ou como completamente improvável.
Da consciência da nossa real força e da nossa exata vulnerabilidade.
Da dimensão do medo que podemos experimentar e dos trabalhos necessários para trazer, à alma, o nosso quinhão de paz.
Não, não é fácil constatar repentinamente que sabemos, de nós próprios e da vida, menos do que pensámos.
~ José Tolentino Mendonça | in O que é Amar um país

|Santa Maria, Açores, Portugal|

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